Graça e paz a todos, a história de Andressa que acabamos de ver, traz um certo desconforto (pelo menos a mim), e por que? Pelo motivo de uma criança de 13 anos, ter feito tanta coisa e ser tão madura, na flor de sua adolescência, e eu, com mais de 30, não ter feito nem um decimo disso tudo. Vou mais longe, talvez eu e a maioria das pessoas que conheço, juntas não tenham feito o que essa menina fez, isso me “queima a cara” (como se diz lá na área). Não de inveja, mas de vergonha.
Quando será que vamos acordar desse sono profundo que vivemos? Lemos na Bíblia e ouvimos a tanto tempo que a hora esta chegando e mesmo assim continuamos a dormir como os apóstolos no Getsêmani. Com uma diferença, Jesus já veio nos acordar. Continuamos insensíveis aos sinais de sua volta.
Ontem mesmo tivemos uma prova do quanto estamos desacostumados a evangelizar. Saímos depois da escola dominical pra entregar alguns folhetos convidando as pessoas para uma peça, que, aliás, foi ótima, e notei “a começar de mim”, que não sabíamos o que fazer e como abordar as pessoas, isso por pura falta de prática - estamos enferrujados, gelados e indiferentes com aqueles que ainda não conhecem a Cristo.
Espero que possamos sair desse marasmo em que nos encontramos, para que possamos mudar este cenário e olha que razão para nos motivar não faltam. Afinal o galardão não é pouca coisa não, e não falo isso porque obras levam a salvação, mas porque o salvo se vê constrangido pela graça, pelo amor e pela misericórdia de Deus a fazer boas obras.
Andressa nos ensina algo a muito esquecido por aqui, que essa graça, esse amor e essa misericórdia não são bênçãos exclusivas, mas são dons de Deus, e devemos compartilha-las. Andressa entendeu isso no alto dos seus 13 anos, isso mesmo, uma criança que entendeu como poucos adultos e muito melhor que a maioria destes, a missão, de um autêntico Cristão.
Por fim me lembro da passagem: “E Jesus chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças de modo algum entrarão no reino dos céus” (MT. 18-2:3). Quando Jesus fala isso, ou faz essa comparação, Ele não pensa apenas na inocência de uma criança, Ele pensa na criança como um ser dependente que aceita dos outros aquilo que não conseguem por elas mesmas. Não quero acreditar que nos achamos independentes, mas realmente não temos aceitado o que Deus tem nos proposto. Não temos aceitado os desafios, e nesse ponto não somos inocentes, não mesmo, pois temos ouvido muito sobre isso ultimamente, alguns entendem outros ainda se acham acima do bem e do mal e outros não estão nem aí mesmo. Esperamos em Deus que isso mude, pra terminar, espero não chocar ou irritar alguns “adultos” na fé, mas se o sacrifício de Cristo foi pouco, ou acham que o que Ele fez é algo inalcançável para um simples mortal, vejam esses bons exemplos, assim como de uma criança, assim como o de Andressa.
Obs.: Andressa era uma menina Adventista, o que mostra, que eles estão pregando, se destacando e crescendo, será que vamos acordar quando?
Marcio Alves de Freitas.
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