terça-feira, 15 de março de 2011




Fim de Carreira?

O que transforma uma igreja em uma igreja de “fim de carreira”, uma expressão que ouço muito entre os pastores amigos?

Primeiramente acredito que a própria avaliação da liderança e do pastor em relação ao campo. De fato existem muitas congregações, estagnadas, que estão caminhando para o seu fim. O fim de uma igreja é quando ela deixa de crescer e passa a sobreviver apenas, mas um sinal de que a obra está no fim é a incapacidade da congregação/igreja em manter sua estrutura física, digo em coisas simples e banais, como trocar lâmpadas, pequenos reparos elétricos, qualquer coisa do tipo. Quando não existem recursos para isso, vemos uma dificuldade que poderá ser superada com o tempo e trabalho organizado.
Outro sintoma é quando todos os recursos são assimilados para o sustento pastoral e/ou despesas relacionadas, como aluguel, telefone, etc. Mas o sintoma principal é o que tenho notado e chamo como a expectativa do “pastor – messias todo poderoso”. Algumas igrejas sobrevivem a espera de um pastor ideal. Em nosso contexto este pastor deverá ter um ânimo divino e contagiante, ser avivado, são desprezíveis para estas igrejas pastores “comuns”, com suas metas e objetivos, homens comuns que não transpiram força e virilidade. Geralmente os pastores com esta “transpiração” são atraídos e convidados para igrejas maiores, com mais recursos humanos e financeiros e entram no ciclo-virtuoso do “tudo posso no ego que me fortalece”.  Esses são os pastores de ponta.
Fica então o resto. A segunda ou terceira divisão do time de igrejas. Igrejas com um conselho desanimado e desorganizado. Já vi igrejas perderem terrenos, por causa do desanimo e procrastinação de seus líderes. Aí sim acredito ter encontrado o começo do fim da carreira de igreja. Uma igreja que procrastina tudo, proclamação, diaconia, disciplina, sacramentos, etc.
Olhares de misericórdia não tenho encontrado sobre essas igrejas. Olhar de desprezo, desapontamento como espectadores sobre um moribundo que desperdiçou tudo que possuía.
Há ainda outra questão que devemos considerar, a realidade temporal que a igreja está inserida. A cidade cresce ou tem crescido? A tendência é que a igreja cresça também, se isso não acontece há algo de errado. Por outro lado o contexto em que a igreja está, tem decrescido, a tendência é que a igreja perca com o tempo seus membros.  É difícil esperarmos grande crescimento de uma igreja de uma cidade ou de um bairro que se esvazia.
Poderíamos filosofar por horas sobre as exceções, mas a regra costuma ser esta.
Por fim, o que é uma “igreja fim de carreira”, a não ser uma igreja que provocou e/ou sobreviveu ao fim ou a pior parte do ministério de muitos pastores.
Há esperança para estas igrejas? Recomeçar, restaurar e reconstruir, abandonando o que deu errado ao longo desses vários anos de existência e abraçando o que pode dar certo, tentar novamente, modificar algumas práticas e estrutura.
Quando falo em modificar, não me refiro a nenhum movimento de “renovação espiritual” ou de “pentecostalização” litúrgica, muito menos da criação de uma Igreja de jovens com suas práticas de jovens dentro da igreja velha. Digo que é preciso que os sobreviventes estejam dispostos a receber novos sobreviventes resgatados pelo evangelho.
Assim, o fim de uma carreira pode se tornar um novo ânimo e revitalizar uma igreja cansada e seus pastores cansados.


                                                                   
                                                                                                                                  Rev.  Thiago Amaral

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IGREJA PERSEGUIDA

Duplo atentado suicida destrói igreja cristã e mata 11 pessoas na Nigéria

Dois ataques suicidas devastaram uma igreja cristã em Kaduna, Nordeste da Nigéria, neste domingo, matando ao menos 11 pessoa e deixando mais de 30 feridos.
Duas bombas em ataques suicidas mataram pelo menos 11 pessoas neste domingo em uma igreja em quartel na Nigéria, onde a facção islâmica Boko Haram está promovendo uma campanha de violência, segundo os militares.
O porta-voz do exército, Bola Koleoso, disse que um ônibus entrou na Igreja Militar Protestante de St. Andrew, no quartel Jaji, no Estado de Kaduna, e explodiu cinco minutos após o culto ter começado.
Explosivos dentro de uma Toyota Camry foram detonados do lado de fora da igreja dez minutos depois, disse ele.
Os militares disseram que pelo menos 30 ficaram feridos.
Uma fonte militar que testemunhou o ataque disse que a segunda bomba foi a mais fatal, matando pessoas que foram ajudar os feridos pela primeira explosão. Testemunhas disseram que o quartel foi isolado e ambulâncias carregaram os feridos ao hospital.
"Houve dois atentados suicidas com dez minutos de intervalo, neste domingo, na escola protestante militar Saint Andrews, na cidade de Jaji", situada a 30 km de Kaduna (estado de mesmo nome), declarou à AFP um porta-voz do exército, general Bola Koleosho.
Não houve declaração de responsabilidade, mas a seita islâmica Boko Haram tem atacado frequentemente as forças de segurança e igrejas cristãs em sua luta para criar um Estado islâmico na Nigéria, onde a população de 160 milhões está equilibradamente dividida entre cristãos e muçulmanos.
O Boko Haram, cujo nome em idioma Haoussa significa 'a educação ocidental é um pecado' declarou o desejo de instaurar um Estado islâmico.
Um homem-bomba matou oito pessoas e feriu mais de 100 no mês passado em uma igreja em outra parte de Kaduna, que possui população de muçulmanos e cristãos, que normalmente sofrem com tensões sectárias.
As violências atribuídas à seita e sua repressão sanguinária pelas forças de ordem deixaram, segundo estimativas, mais de 3.000 mortos desde 2009.
A Nigéria, país mais populoso da África, com 160 milhões de habitantes, e primeiro produtor de petróleo do continente, está dividido entre o norte, majoritariamente muçulmano, e o sul, predominantemente cristão.
*Com informações das agências internacionais
Genizah